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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Akemi e as 40.000 almas


Akemi e as 40.000 almas


Deixando a China, Xena e Bórias foram um pouco mais ao oriente, até o Japão, onde resgataram a jovem Akemi, filha de um nobre do lugar, e pretendiam leva-la de volta pelo resgate. Xena e Bórias combinaram um ponto de encontro e Xena partiu com Akemi até a casa de seu pai. No caminho, Xena e Akemi foram tornando-se amigas, o que levou Xena a ensinar os pontos de pressão para Akemi. Infelizmente para Xena, Akemi usou esse golpe para matar seu pai, Yodushi, para vingar seus entes queridos mortos por ele, e em seguida suicidou-se. O último pedido de Akemi foi que Xena depositasse suas cinzas ao lado do tumulo de seu avô. Xena estava indo cumprir o desejo quando foi atacada por nativos, que consideravam Akemi uma pecadora por seu assassinato. Na luta, as cinzas de Akemi se desperçaram e Xena, enfurecida, começou um incêndio que matou 40.000 pessoas. Esse incêndio foi o passaporte de saída do Japão para Xena e Borias.

Alti e as Amazonas


Em sua busca por novas conquistas, Xena e Borias chegaram às terras das Amazonas da Sibéria. Este grupo de valentes mulheres era liderado pela rainha Cyane, uma amazona de grande coragem e habilidades para a batalha. Era comum nesta época que a aliança entre Xena e Borias se consolidasse pela conquista de reinos e impérios, as Amazonas então, parecia um bom partido. A relação com Borias continuava igual, dentro do possível, amantes ardentes e companheiros de conquistas, no entanto, algo mudou quando Xena conheceu uma misteriosa mulher chamada Alti. Alti havia sido uma amazona que ocupava um rol muito importante dentro de sua sociedade, ela era uma xamã, uma espécie de sacerdotisa muito poderosa. Contudo, o fascínio por parte de Alti pelo lado obscuro das almas fez com que ela fosse expulsa da tribo e obrigada a viver sozinha e isolada. Foi durante sua passagem pelas terras Amazonas que Xena se encontrou com Alti. A misteriosa xamã era acompanhada por uma jovem amazona chamada Anokim, com quem Xena imediatamente estabeleceu um forte vínculo que inclusive mais tarde fez com que Xena fosse, a sua procura nas terras Amazonas dos mortos, tal como fez com Gabrielle.
Alti era hábil e propôs a Xena um plano difícil de realizar. Ela lhe daria um poder muito além do imaginável e a transformaria na "Destruidora de Nações", desde que Xena a ajudasse a acabar com a vida das Amazonas, para que desse modo conseguisse o poder espiritual que tanto havia buscado. Então Xena aceitou. Foi durante este período de convivência com as Amazonas, que Xena aprendeu muito sobre a cultura amazona e adquiriu novas habilidades. Xena teve a oportunidade de se converter em uma amazona, a rainha Cyane constantemente lhe dizia que ela tinha todas as qualidades para ser uma de suas irmãs, isso era, deviam conviver em paz e sempre trabalhar pelo bem de todos, não pelo individual, isso por suposto não estava nos planos de Xena, ela obviamente não ia aceitar.
Xena depois de aceitar a proposta de Alti para matar as Amazonas, hipocritamente se fez passar por amiga delas por um tempo. Foi durante um encontro com as Amazonas que Xena levou a cabo sua matança. Xena era hábil, com os conhecimentos adquiridos com as próprias Amazonas, em questão de minutos acabou com a vida de cada uma das Amazonas. Cyane foi à última a morrer, suas últimas palavras foram: Por quê? Xena fria como um bloco de gelo, não sentiu nenhum remorso a respeito, ao contrário, estava feliz, pois agora a promessa de Alti vivaria realidade, agora ela se tornaria a Destruidora de Nações.

Lao Ma e o Poder


Lao Ma e o poder


 Foi com esse propósito que Xena decidiu viajar até o Oriente – não para se vingar de César, mas sim de toda a humanidade. A sede de sangue e poder de Xena eram maiores do que qualquer outra coisa. Xena necessitava conquistar mais e mais reinos, e desfrutava de cada batalha assim como de cada morte.
Em suas tantas viagens Xena conheceu um guerreiro chamado Bórias, com quem começou a relacionar-se. Ambos eram personagens dominantes, ambiciosos, inteligentes e em busca de mais poder. Essa união era mais que um simples relacionamento amoroso. Eles eram aliados de cada outro e ambos varriam reinos no Oriente. Suas viagens levaram-nos ao reino da China pretendendo fazer um trato onde pudessem obter algum lucro das duas casas mais poderosas do reino, a de Lao e a de Ming. A primeira a ser contactada foi Lao Ma, porém graças ao "gênio" de Xena o tal acordo acabou não sendo possível. Foi então que Xena decidiu ganhar dinheiro fácil e rápido. Sequestrou Ming' Tien, o filho do imperador Ming' Tzu. O plano deu resultado. No entanto, os maus tratos e abusos contra o menor marcaram para sempre o pequeno, transformando-o em um ser amargo e impiedoso que com o passar dos anos se transformaria no imperador mais sanguinário do reino de Ming – também desejando vingança contra Xena.
Bórias, contudo, tinha um plano na manga ao se dar conta de que Xena estava agindo por conta própria. Decidiu fazer um acordo com Ming: entregaria Xena em troca de riquezas, e assim o fez. Uma vez que a devolução do pequeno Ming' Tien ao pai dele foi feita, Bórias fez Xena crer que ele a havia perdoado por ter agido sozinha. Só que tudo não passava de uma armação. Um dos homens de Bórias acertou Xena na cabeça. Esta caiu desmaiada, e foi entregue aos chineses. Torna-se uma prisioneira. Ming' Tzu resolveu fazer de Xena sua caça, tratando-a como um animal qualquer. Ele praticaria seu esporte favorito com ela, a caça! Para isso ele se dirigiu com Ming’Tien e sua escolta a um bosque, levando Xena enjaulada e alguns cães de caça. Pouco antes de começarem a sessão "caça a raposa", encontraram-se com Lao Ma, que lhe desejou "boa caça". Mais adiante, Xena foi libertada e a caça começou. Xena correu por sua vida com todas as suas forças, correu com muita dificuldade já que ela ainda não tinha se recuperado por completo da crucificação pelas mãos dos romanos, ela então corria sustentada por um cajado. Os ferozes cães de caça corriam sedentos atrás dela e não se passou muito até Xena tropeçar e cair. Ao se levantar ela se deparou com a figura de Lao Ma que se ofereceu para ajudar, muito embora, Xena não soubesse o porquê. Lao Ma lhe disse que podia ver a alma das pessoas e que Xena era uma grande mulher capaz de muitas grandezas. Xena então a acompanhou.
Lao Ma escondeu Xena de Ming’Tsu e durantia sua estadia no palácio da Imperatriz, aprendeu a assimilar os ensinamentos de sua mentora, ensinamentos esses baseados no amor, na paz, no auto-sacrifício e no desejo. Com alguma resistência no princípio, porém com resignação no final, Xena começou a acatar os ensinamentos de Lao Ma e graças a ela, começou a pensar na ideia de mudar seu estilo de vida. Lao Ma usou técnicas antigas com as quais curou por completo as pernas de Xena. Foi Lao Ma quem outorgou o título de "Princesa Guerreira" a Xena, quando lhe propôs que governasse junto a ela o seu reino. Esta nobre mulher estava dando muito a Xena, porém naquele momento, Xena não soube valorizar.
Xena queria ser livre, então foi proposta uma jogatina entre ela, Borias, Lao Ma e Ming’ Tsu. Se Xena ganhasse seria livre, se perdesse o ganhador a levaria como prêmio. No entanto Ming’Tsu não estava muito convencido, então para tornar as coisas mais interessantes Xena propôs que cabia ao vencedor levar, além dela, uma parte do corpo dos outros perdedores. Apesar da ideia não ter agradado a todos, eles resolveram seguir adiante com a aposta, lançaram os dados, o jogo começou e no final a ganhadora foi Xena, que imediatamente reclamou querendo um pedaço de Ming Tsu. O Imperador rapidamente se levanta, porém, Xena é mais ágil e tomando uma espada, a crava diretamente no corpo do homem, diante de uma horrorizada Lao Ma e do pequeno Ming’ Tien que acabavam de entrar em cena. Esse foi o momento de prova de Xena e ela fracassou. Ela poderia ter perfeitamente partido livre para fazer seu futuro, mas como sua sede de vingança contra o homem que a havia perseguido como a um animal era maior, ela decidiu satisfazê-la. Logo ela investiu contra Ming’Tien, o filho de Imperador, sem ter mais a mínima consideração por Lao Ma, sabendo que ela era mãe do pequeno. Lao Ma ao ver as intenções de Xena contra seu filho Ming Tien, resolveu frear a Princesa Guerreira, Xena não teve alternativa a não ser abandonar o reino da China junto com Borias, em busca de outras terras para conquistar.

César e a crucificação


César e a crucificação


Não se passou muito tempo para que Xena ficasse famosa entre seus conterrâneos como uma mercenária pirata sedenta por riqueza e poder. A essa altura já tinha sob seu comando um leal grupo de homens que atuavam como um poderoso exército. No entanto, Xena tinha um código de honra quando se tratava de invadir vilas: nenhum de seus homens podia matar mulheres ou crianças. Uma das vilas que Xena atacou foi Cirra – ocasião durante a qual, devido à imprudência de alguns de seus homens, muita gente inocente morreu, entre elas a família de uma inocente menina chamada Callisto, a qual nutriria tal ódio de Xena que passaria a vida inteira dela buscando vingança contra Xena.
Foi durante uma de suas travessias marítimas que Xena encontrou-se com o homem que mudaria sua vida e seu destino para sempre, Júlio César. O poderoso patrício da República romana havia sido tomado como prisioneiro pelos homens de Xena. Ao encontrar-se com César, Xena sentiu-se fortemente atraída por esse altivo personagem. Xena decidiu daí enviar um comunicado a Roma solicitando uma poderosa quantia de dinares pela liberdade de César e ordenou que seu prisioneiro fosse levado a seu camarote à noite. Sem dúvida ambos sentiram uma atração muito forte, o que os levou a desfrutar de uma noite de paixão – noite que fez Xena convencer-se de que havia conseguido um novo aliado e que seguramente daquele momento em diante ambos reinariam juntos e nada se interporia diante deles. César foi libertado depois de o resgate haver sido pago, e Xena ficou a espera de um segundo encontro com ele.
Não se passou muito tempo para que o navio de César fosse avistado por Xena no horizonte, e tudo estava pronto para dar a César calorosas boas-vindas. No entanto, um dos tripulantes a bordo do navio de Xena não estava muito certo sobre as intenções de César. Essa tripulante era M’Lila, uma escrava gaulesa fugitiva que infiltrou-se no navio de Xena e cuja vida Xena poupou, desde que ensinasse a Xena uma técnica com a qual havia já matado um dos homens dela e com a qual também imobilizou a perna direita dela. A técnica era o "ponto de pressão". Xena rapidamente aprendeu essa nova técnica.
M’Lila tentou avisar Xena contra César, mas Xena permitiu que o romano e seus homens aportassem em seu navio. Quando Xena deu conta de que tudo era uma armadilha, já era tarde. A única coisa que César queria dar a Xena era a vingança dele por ela tê-lo raptado, e assim o fez. Xena e seus homens foram feitos reféns e condenados a morrer crucificados numa praia, e César ainda ordenou que as pernas de Xena fossem quebradas. Isso tudo deveria servir de exemplo para qualquer outro guerreiro ou mercenário que quisesse tirar vantagem de Roma.
Caiu a noite e repentinamente da escuridão saiu a sombra de um encapuzado, o qual começou a golpear cada um dos soldados romanos encarregados de custodiar Xena e os demais crucificados. O encapuzado era ninguém menos do que M’Lila, que havia se escondido e dessa forma escapou das mãos dos romanos. A jovem foi hábil e num instante derrubou todos os soldados. M’Lila libertou então Xena com as pernas quebradas. De lá ela levou Xena até a casa de seu amigo Niklio, um experiente curandeiro que possuía conhecimentos médicos que ajudariam Xena a se recuperar. Niklio colocou cada um dos ossos quebrados de Xena no lugar e utilizou a acupuntura para acelerar o processo de cura, o qual se deu numa rapidez assombrosa. Dentro de sua habilidade Xena havia conseguido recuperar as forças. Só não entendia porque M’Lila a havia salvado de morrer e porque a estava ajudando. Não se passou muito tempo para que os soldados de César os descobrissem. Eles encontraram a cabana de Niklio e logo partiram para o ataque. Um dos soldados sacou seu arco e mirando Xena, atirou a flecha. A flecha cruzou rapidamente a habitação na direção de Xena. Entretanto, M’Lila foi mais rápida e se colocou na frente de Xena salvando a vida da guerreira e caindo morta em seguida nos braços desta! Xena estava chocada. Não podia crer no que acabara de ocorrer. Uma mulher totalmente desconhecida havia dado sua vida por ela, sem pedir-lhe nada em troca. A ira e o ódio começaram a invadir Xena, um sentimento mais forte que nunca havia sentido… Apesar da sua condição precária, Xena começou a combater cada um dos soldados de forma sangrenta. Esse foi o momento decisivo para Xena, o momento no qual ela passou a ser uma ambiciosa mercenária e uma obscura guerreira, com um único propósito na vida… a morte!

Nascimento e a Juventude


Nascimento e juventude


Xena nasceu na cidade de Anfípoles, na Hélade, onde hoje se localiza a moderna Grécia. Era a filha da taverneira Cyrene e do guerreiro Atrius tendo tido dois irmãos, Lyceus e Toris. Certa noite, seu pai chegou bêbado de uma guerra dizendo ter de sacrificar Xena em nome do deus Ares. Mas para evitar isso, Cyrene matou Atrius e não revelou isso a Xena.
Toris era o mais velho dos três irmãos. Por isso passou a ser a mão direita da mãe, ajudando-a a manter a família. Enquanto isso, Xena e Lyceus passavam seus dias entre jogos e aventuras como os melhores irmãos do mundo e melhores amigos também. Passavam as tardes inteiras pescando, atividade que na verdade faziam mais por insistência da pequena Xena que por entusiasmo de Lyceus. Assim os anos passaram e tanto Xena quanto Lyceus cresceram e se tornaram jovens habilidosos na arte da luta, devido às horas que passavam treinando suas aptidões para a arte da guerra. Eles também nutriam um grande amor pela família.

Início de Xena nas batalhas

Um dia a paz a que todos estavam acostumados foi repentinamente ameaçada por um ambicioso mercenário chamado Cortese, que pretendia dominar a cidade de Xena. Os habitantes de Anfípolis, que tinham pouco ou nenhum conhecimento de combate, pensavam que o melhor era render-se a Cortese. No entanto, as vozes de Xena e Lyceus elevaram-se entre a multidão, dizendo-lhes que não podiam permitir isso, que se eles rendessem-se diante de Cortese não teriam como voltar atrás – e que seguramente perderiam não só seus bens mas também sua liberdade. A maioria não estava disposta a correr o risco de um enfrentamento. Porém as palavras de Xena e Lyceus foram mais fortes, e no fim conseguiram convencer a maioria, especialmente os jovens da mesma idade.
O combate foi devastador. Muitos anfipolitanos perderam a vida, porém os homens de Cortese foram derrotados e Anfípolis ergueu-se livre. No entanto, Xena não se sentia triunfante, pois durante a batalha ela perdeu seu irmão mais querido, Lyceus. Isso a encheu de ódio e frustração, e lhe valeu ainda o desprezo de sua mãe e de muitas outras pessoas para que a liberdade não significava nada se não tinham seus filhos a seu lado. Xena então se encontrava só, sem seu irmão Lyceus, sem seu irmão mais velho Toris – que por medo do combate havia fugido de Anfípolis pouco antes dela ser invadida por Cortese. Assim Xena decidiu abandonar Anfípolis para começar a conquistar outras partes da região, de modo a obter riquezas e ter poder suficiente para evitar que qualquer outro guerreiro, mercenário ou o que fosse destruísse a cidade natal dela.